A Veste, uma das maiores marcas de moda do Brasil, está escrevendo um novo capítulo em sua história. Fundada em 1982 por Rahyja Afrange e Traudi Guida como um outlet que revendia os “saldo” de grifes brasileiras, a empresa foi se transformando ao longo dos anos em um grupo de negócios sólido no varejo de moda masculina e feminina. A marca Le Lis Blanc, que foi criada nos anos 90, tornou-se sinônimo de moda acessível e de qualidade, alcançando um nicho considerável de clientes que estavam procurando por opções mais democráticas no mercado.
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A Veste nunca foi apenas um jogador do comércio varejista, no entanto. Em meio ao processo de reestruturação iniciado em 2022, a empresa fez algo inesperado: converteu suas dívidas em ações e mudou de nome para Veste. E foi aí que a equipe da empresa começou a pensar diferente. Com a mudança, a estratégia de negócios da Veste começou a se adaptar às mudanças nos hábitos de consumo dos clientes e nos modelos de negócios. Hoje em dia, 88% das vendas da Veste são feitas a preço cheio, sem a promiscuidade do saldão, o que representa uma mudança expressiva em relação aos 60% de preço cheio alcançados há apenas seis anos.
A Veste também fez outras mudanças importantes para se manter relevante no mercado. A empresa ajustou as coleções para reduzir estoques e custos, fechou lojas que não eram rentáveis e reformou as unidades que manteve. Além disso, reformulou seu plano de vendas digitais e de venda para lojas multimarcas. Uma das iniciativas mais inovadoras da empresa é um modelo de gestão de estoque radicalmente novo, onde as peças que não vendem em uma loja podem ser devolvidas para outro local onde tenham mais chances de vender bem. “É como uma ‘jornada de venda’, onde as peças vão para onde precisam”, explica Alexandre Afrange, CEO da Veste.
O último ano da Veste foi de grandes mudanças. A empresa passou a ser controlada pelo BTG Pactual após a compra dos 49,7% das ações da WNT em outubro. E a empresa está respondendo de forma positiva. Os resultados financeiros da Veste melhoraram significativamente. No primeiro trimestre de 2025, a empresa registrou um Ebitda de R$ 189,9 milhões, o que representa quase 87 vezes o resultado do mesmo período em 2020. O lucro líquido foi de R$ 15 milhões nos nove meses do ano, contra um prejuízo de R$ 92 milhões em 2020. É provável que a Veste feche o ano de 2025 com os melhores resultados financeiros desde 2020.