Viviane Araújo vai voltar à telinha em 2026 como uma das “Três Graças”, nova novela das sete da Globo, e o giro do mundo do samba fez questão de lembrar que, no elenco, estará também Belo – ex-marido da atriz, com quem ela não dividia cenas desde o longínquo “A Padroeira”. A coincidência virou assunto de fim de ano quando Rayane Figliuzzi, atual esposa do pagodeiro, soltou a pérola de que seria “bom pra ela se curar”. Viviane, desfilando de corpo e alma pelo Salgueiro, ouviu a frase dias depois, deu risada e despachou a polêmica num piscar de olhos: “Não preciso de cura, é só um trabalho”.

A trama, ambientada no interior de Minas Gerais, gira em torno de três irmãs que herdam uma fábrica de cachaça e precisam tirar do papel um sonho artesanal enquanto lidam com ciúmes, herança e segredos de bodega. Viviane vive a caçula, Lívia, ex-dançarina de axé que troca o trio elétrico pela vida de produtora cultural do município fictício de Santa Cruz das Flores. Belo interpreta o engenheiro agrônomo contratado para modernizar a usina: ou seja, os dois não vão fazer par romântico – alívio dos fãs que ainda guardam a lembrança do casal 2000. O texto, de Gloria Perez em parceria com Jô Abdu, aposta no humor leve e na musicalidade: cada capítulo terá um bloco de funk-sertanejo gravado ao vivo, com direito a participações de artistas convidados. O elenco ainda reúne Débora Nascimento, Iran Malfitano e a estreante Mayara Rodrigues, vencedora do TikTok de 2025 com 14 milhões de seguidores.

Quem assiste ganha, acima de tudo, o reencontro de Viviane com a comédia. Após temporadas dramáticas em “Amor de Mãe” e “Terra e Paixão”, a atriz abraça o tom espirituoso da personagem, que usa bordões típicos da Bahia e dança até no meio da destilaria. Nas entrevistas de lançamento, ela conta que topou o papel antes mesmo de saber que Belo estava no pacote: “Quando descobri, liguei pra ele: ‘E aí, tá tudo certo? Então vamos que vamos, meu filho’”. A cena de abertura já virou meme adiantado: Lívia chega ao vilarejo empurrando um carrinho de mão cheio de caixas de som, pronta para ensaiar um “samba-enredo” numa cidade que só ouvia moda de viola. A produção musical ficou por conta de Pretinho da Serrinha, que mescla partitura de orquestra com cavaquinho e DJ set, prometendo um hino que deve dominar os blocos de rua em 2027.

Fora das gravações, Viviane mantém o ritual que a consagrou rainha de bateria: escolhe pessoalmente os adereços dos ensaios e garante que não abre mão do seu “samba de cabrocha” – aquele gingado de quadril que virou marca registrada. “Não troco, não modernizo, não apago a luz do que eu sou”, diz. O diferencial de “Três Graças” está justamente nesse espírito: em vez de apagar o passado, convida o público a reencontrar estrelas de outras décadas em novos contextos, sem drama de ex-casal ou moralismo barato. Quem ganha é quem curte novela, carnaval e um bom entrecho de destilaria – tudo num único pacote que estreia em abril, depois da Paixão de Cristo, para ocupar o lugar que será deixado por “A Infância de Romeu e Julieta”.

Sem consulta SPC/Serasa
Os 5 melhores cartões de crédito sem consulta SPC/Serasa