A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) está prestes a deliberar sobre a situação do seu presidente, Rodrigo Bacellar (União Brasil), que foi preso pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira (4/12), sob suspeita de ter vazado informações sigilosas de uma operação contra o colega deputado TH Joias em setembro. A prisão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e a Corte tem apenas 24 horas para notificar a Alerj, que tem o poder de manter ou derrubar a prisão. Bacellar é acusado de ter divulgado informações confidenciais sobre a operação contra TH Joias, que foi realizada em setembro, e a PF suspeita que ele tenha recebido essa informação de fontes internas.
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A deliberação na Alerj deve acontecer nas próximas horas, e os aliados de Bacellar estão apostando que a maioria dos deputados estaduais votará para revogar a prisão do presidente da Assembleia. “Ele tem todo mundo na mão”, disse uma liderança do Partido Liberal (PL), destacando a posição que Bacellar ocupa na Casa. Esse cenário é influenciado pelo histórico da Alerj, que já demonstrou ser capaz de soltar seus membros em circunstâncias semelhantes no passado. Em 2017, a Alerj soltou seu então presidente, Jorge Picciani (MDB), além dos deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, presos pela Lava Jato. Além disso, em 2019, a maioria dos integrantes da Alerj votou para soltar cinco deputados estaduais presos na Operação Furna da Onça, outro desdobramento da Lava Jato no Rio.
A situação pode ter implicações importantes para a política estadual, pois Bacellar é um político influente e o presidente da Alerj. Se a prisão for derrubada, isso pode ser visto como um sinal de que a Alerj é capaz de proteger seus membros, independentemente das circunstâncias. Por outro lado, se a prisão for mantida, isso pode sugerir que a Alerj está disposta a lidar com a situação de maneira mais séria. Além disso, a decisão da Alerj também pode influenciar a posição da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal, que são os principais atores envolvidos na investigação.
A deliberação na Alerj é um momento importante para a política estadual, e todos os olhos estão voltados para as próximas horas, em que será tomada a decisão final. A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro tem o poder de manter ou derrubar a prisão do presidente Rodrigo Bacellar, e o que acontecerirá em seguida depende de muitas variáveis. O que é certo é que a situação é complexa e tem implicações importantes para a política estadual, e a decisão que será tomada em breve vai ter consequências para muitos anos a frente.
