A Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) rejeitou, na última quinta-feira (4/12), a convocação do empresário Fábio Luiz Lula da Silva, também conhecido como Lulinha, o filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os 31 integrantes da comissão votaram contra a convocação, com 19 votos contrários e 12 favoráveis. Essa decisão foi tomada após o apresentante do requerimento, deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), relatar que Eli Cohen, ao depor, afirmou que o contador João Muniz Leite teria recebido recursos provenientes de desvios e era responsável pelas contas de Lulinha na época.
Veja também
* Você permanecerá em nosso site.
Apesar disso, o CPMI do INSS aprovou a convocação de outros indivíduos, como o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Além disso, a convocação da presidente do Banco Crefisa e do Palmeiras, Leila Pereira, também foi rejeitada. O CPMI realiza sua última sessão do ano e, de acordo com o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), os trabalhos devem ser prorrogados por mais 60 dias. O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), terá a autoridade de autorizar ou não a prorrogação dos trabalhos. É importante notar que o presidente Alcolumbre não prorrogou os trabalhos da CPI que investigou as operações de apostas.
Uma testemunha depôs à Polícia Federal (PF) afirmando que Lulinha teria recebido uma mesada de cerca de R$ 300 mil por mês de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Segundo informações, essa declaração foi feita em um depoimento que chegou à CPMI do INSS no Congresso Nacional. A pessoa que deu esse depoimento é um ex-empregado de Antunes e afirma estar sendo perseguido por ele. Alguns integrantes da comissão alegaram que as informações fornecidas na requisição do deputado Marcel Van Hattem não são suficientes para convocar Lulinha à CPMI. No entanto, alguns outros membros da comissão alegaram que essas informações seriam o suficiente para levantar suspeitas.
É interessante notar que o CPMI do INSS ainda está realizando suas investigações e a decisão de rejeitar a convocação de Lulinha não deve ser vista como um fechamento das investigações sobre esse caso. O processo será continuado com as convocações aprovadas e a decisão da prorrogação dos trabalhos pela presidência do Congresso Nacional.