No dia 26 de novembro de 2025, o presidente da República Dominicana, Luis Abinader, anunciou que as forças armadas dominicanas concederam autorização formal aos Estados Unidos para operar em bases militares do país. A decisão veio logo após a visita do chefe do Pentágono, Pete Hegseth, à capital Santo Domingo, e foi divulgada publicamente pelo governo dominicano. A autorização, segundo as declarações de Abinader, passa por aprovação prévia das autoridades dominicanas e tem como objetivo principal o fortalecimento da proteção aérea e marítima das Forças Armadas dominicanas na luta contra o tráfico de drogas, em cooperação com os EUA. O anúncio posicionou a República Dominicana como um aliado estratégico nos esforços de combate ao narcoterrorismo na América Latina, alinhado à iniciativa dos Estados Unidos de ampliar o alcance de suas operações militares na região.
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Do ponto de vista institucional, a medida reflete a crescente integração das Forças Armadas dominicanas com as capacidades militares americanas, mantendo a soberania do país sobre o uso de suas bases por meio de exigência de pré‑autorização. O governo dominicano, ao declarar que a autorização será concedida apenas após a solicitação das autoridades locais, tenta equilibrar a colaboração com os EUA e a preservação de sua autonomia institucional. Para os Estados Unidos, a aprovação representa uma expansão das possibilidades operacionais no Caribe, permitindo ações diretas contra embarcações suspeitas de transporte de drogas em águas dominicanas e no Oceano Pacífico, conforme mencionado pelo Departamento de Defesa dos EUA. O governo norte‑americano tem enfatizado a natureza preventiva das ações, argumentando que os ataques visam impedir o fluxo de contrabando de narcóticos que poderia chegar ao mercado interno.
Em termos práticos, a autorização implica o estabelecimento de protocolos de coordenação entre as forças de segurança dominicanas e as unidades militares americanas, incluindo a definição de jurisdição, logística e regras de engajamento. O presidente Abinader destacou que a cooperação visa fortalecer a capacidade de resposta rápida em situações de emergência, bem como melhorar a vigilância aérea e marítima nas fronteiras do país. Os efeitos imediatos incluem o aumento de patrulhas conjuntas, o compartilhamento de inteligência e a possibilidade de intervenções aéreas ou navais em embarcações que os EUA considerem suspeitas de envolvimento no tráfico de drogas. A medida também pode influenciar as relações com outros atores regionais, já que a Venezuela, sob Nicolás Maduro, tem sido alvo de críticas e ameaças por parte da administração Trump, que acusa o líder venezuelano de envolvimento em redes de narcotráfico e terrorismo internacional. Assim, a decisão dominicana se insere em um contexto mais amplo de estratégias militares norte‑americanas voltadas à segurança na região do Caribe e do Atlântico.